A Blogazine de Outubro já saiu!
Podem ver todo o conteúdo da revista aqui!
O texto que eu escrevi, para a secção de Cultura, está transcrito abaixo, para melhor leitura! Falo sobre o novo disco Amália, As Vozes Do Fado.
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Amália, as vozes do fado
“Amália, não sei quem é” não faz qualquer sentido fora do fado onde esta poesia assenta. O nome é conhecido sobejamente e, entoado numa canção ou não, oferece a quem quer que o ouça uma memória qualquer.
Amália, a voz que é um epíteto do fado, um timbre com uma tristeza tão inerente que passou fronteiras, e colocou o nosso país e esta nossa herança no coração de muita gente. Não é preciso entender o que Amália canta para o sentir bem de perto.
Pelas mãos do realizador lusodescendente Ruben Alves, criador do filme “A Gaiola Dourada”, – uma sátira ao percurso dos emigrantes Portugueses em França – nasceu este projeto que junta alguns dos interpretes mais conhecidos da esfera fadista, mas não se faz apenas de música. Com criação de Alexandre Farto, que assina a sua arte como Vhils, e com o trabalho e dedicação da escola de calceteiros de Lisboa, também o chão de Alfama ganhou para si o rosto de Amália. A imagem que podemos ver na capa do disco é a mesma que nos fita da calçada Lisboeta.
Mas falemos do álbum; editado a 17 de julho deste ano, nele se espraiam treze temas, originalmente cantados por Amália Rodrigues e resgatados por onze artistas, entre os quais Celeste Rodrigues, que acedeu dar voz a Faz-me Pena; aceitou cantar este fado porque, nunca tendo ouvido a irmã a interpretá-lo, sentiu-se assim capaz de lhe dar um toque pessoal, sem qualquer influência desta. De resto, há temas tão conhecidos como Maldição, – numa avassaladora interpretação de Ana Moura – Estranha Forma De Vida na voz de António Zambujo e pontuada apenas pelo contrabaixo, ou Com Que Voz, que Carminho vai desfiando com os seus trémolos tão peculiares.
Existem também duetos: Camané e Gisela João trazem-nos Meu Limão De Amargura, Ana Moura e Bonga – numa parceria pouco óbvia mas preciosa – cantam Valentim. Para não esquecer que Amália engrandeceu com a sua voz a música e a arte de outros países, Carminho divide Naufrágio com Caetano Veloso, António Zambujo junta-se à cantora Cabo-Verdiana Mayra Andrade para pedir Lisboa Não Sejas Francesa, e a mestria do flamenco de Javier Limón apega-se à grande voz de Ricardo Ribeiro em Maria La Portuguesa.
De admirar também o instrumental de guitarras Portuguesas pelos dedos hábeis de José Manuel Neto, Luís Guerreiro e Ângelo Freire, trinando Amália.
É uma clara homenagem – porque nunca são demais – a Amália Rodrigues. É a prova de que o fado pode ser reinventado, as pedras da calçada podem precisar de renovação, mas o legado de Amália perdura para além de tudo isto.
Carina Pereira
A grande Amália! O texto ficou muito bom. Parabéns!
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Adoro o disco! Obrigada, colega! 😀
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😛
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Gostei do texto 😀
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Obrigada! 😀
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Bom texto.
O link não está a funcionar
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Ah, esqueci-me que uentretanto o link foi mudado, vou alterá-lo! E muito obrigada!
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De nada. A T. tinha um outro link e também não consegui entrar. Cheguei a pensar que a minha net estava no seu período “parvoíce a 100”, como por vezes é normal. 🙂
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Ahah, não! O link da revista foi alterado e, com tudo o que há a fazer, acabei por me esquecer de o alterar. A T. se calhar também eheh. Por isso, obrigada pela nota, assim fica já resolvido! 😀
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É, sem qualquer dúvida, uma excelente homenagem a Amália ❤
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É, sim! 😀
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